sexta-feira, 14 de setembro de 2007

" THE CULT "


No fim dos anos 70, um jovem chamado Ian Astbury decidiu montar uma banda. Este era o começo do Southern Death Cult, um grupo punk, mas que não combinava totalmente com o estilo, uma vez que Astbury era muito influenciado pela música e o visual dos anos 60. Somente após a entrada do guitarrista Billy Duffy, a banda passa a se chamar The Cult. Completaram a formação o baixista Jamie Stewart e o baterista Nigel Preston.

O álbum de estréia "Dreamtime" (1984) , mostrava uma banda muito eclética e pouco convencional. Na época, as revistas americanas classificaram o The Cult como "muito gótico para o público em geral, muito heavy para os góticos e muito progressivo para os punks". Mesmo com toda essa indecisão, o álbum tem ótimas músicas que a banda toca ao vivo até hoje. Após esse lançamento, o batera Preston é substituido por Mark Brzezicki.
Durante as gravações do segundo álbum, Mark é substituido por Les Warner e é lançado o disco "Love". "Love" (1985), é uma homenagem da banda aos grupos da década de 60 e 70 como Led Zeppelin, The Doors, Jimmi Hendrix, entre outros que sempre os influenciaram. Além do título do álbum, os timbres, efeitos de guitarra e as equalizações utilizadas em "Love", são feitas baseadas nos discos dessa época. O grupo conseguiu projeção mundial, alcançando enorme sucesso com a faixa 'She Sells Sanctuary'.
O baixista Stewart passou a tocar guitarra base e o baixista Kid Chaos entrou no grupo. Discussões entre Astbury e Duffy começaram a abalar o The Cult. A dupla não estava se entendendo nas novas composições e a saída foi chamar o respeitado produtor Rick Rubin, que já trabalhou com o Slayer e Danzig. Dessa união, surgiu em 1987, o álbum "Eletric", que foi um grande sucesso. O disco era pesado e foi rotulado como "Hard Blues Rock".

A banda entrou em turnê por 1 ano e meio e os problemas de Astbury com o álcool pioravam cada vez mais. Muitos shows, inclusive uma temporada no Japão, foram cancelados. Nessa época, Warner saiu do grupo e Matt Sorum foi chamado para assumir as baquetas.
Para a gravação do novo álbum, foi chamado o famoso produtor Bob Rock (Metallica, Motley Crue, Bon Jovi) . "Sonic Temple" foi lançado em 1989, e acabou sendo um dos discos mais vendidos dos anos 80. A faixa "Edie (Ciao Baby) é tocada até hoje nas rádios. Após esse lançamento Matt Sorum foi para o Guns N' Roses e Mickey Curry entra em seu lugar.
Contudo, as coisas não iam bem: Astbury havia chegado num nível em que o álcool trazia riscos graves para a sua saúde. A banda teve que virar-se várias vezes com versões instrumentais nas músicas para cobrir as constantes ausências de Astbury. No final da turnê de 1990, do álbum Sonic Temple, Stewart abandonou o grupo, cansado de ser mediador das constantes discussões entre Astbury e Duffy.
Com o novo baixista Charlie Drayton, a banda lança "Cerimony" em 1992. O disco não trouxe nenhuma novidade, mas foi bem aceito pelos fãs.
Em 1994, mais mudanças: entram Craig Adams no baixo e Scott Garrett na bateria. O produtor Bob Rock é chamado novamente e "The Cult" é lançado. O álbum, apesar de conter boas músicas, foi muito mal em vendas e deixou o grupo numa difícil situação. Astbury e Duffy partiram em projetos solos, mas nenhum deles conseguiu muita repercussão separados.
Decidem então unir-se novamente e participam da trilha sonora do filme estrelado por Nicolas Cage, "Gone in 60 seconds" com a faixa "Painted on my Heart". A música fez grande sucesso tanto nas rádios como na MTV. Em junho de 2001, o The Cult lançou o novo álbum "Beyond Good and Evil", novamente com produção do veterano Bob Rock.
O vocalista Ian Astbury, entretanto, anunciou que não tem planos futuros para o The Cult e caiu na estrada com a nova versão do The Doors, batizada de The Doors Of The 21st Century. Além disso ele está planejando sair em carreira solo e montou um novo projeto, o Holy Barbarians.


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